Ativar Cupom
Compartilhar

A autoestima é um dos pilares mais importantes para o desenvolvimento saudável das crianças. Ela influencia a forma como elas se veem, como se relacionam com os outros e como enfrentam desafios. Uma autoestima positiva ajuda a criança a sentir-se confiante, capaz e valorizada. Já a baixa autoestima pode gerar insegurança, medo de errar e dificuldade em lidar com críticas ou frustrações. 

 

Neste artigo, vamos entender por que a baixa autoestima infantil acontece, como identificar sinais de alerta e quais estratégias práticas os pais podem adotar para ajudar seus filhos a desenvolverem uma visão mais positiva de si mesmos. 

  

Entendendo a Baixa Autoestima Infantil: Por Que Acontece? 

 

A autoestima é formada a partir da combinação de fatores internos e externos. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, ela se constrói pela interação entre tendências inatas — como temperamento e características genéticas — e as experiências vividas, especialmente as interpessoais. 

 

Alguns fatores que podem contribuir para a baixa autoestima infantil incluem: 

 

  • • Experiências negativas precoces: situações de rejeição, críticas excessivas ou falta de afeto. 

  • • Comparações constantes: quando a criança é comparada a irmãos, colegas ou padrões irreais. 

  • • Dificuldades escolares ou sociais: problemas de aprendizagem, bullying ou isolamento. 

  • • Condições de saúde: doenças crônicas, limitações físicas ou transtornos de desenvolvimento. 

  • • Ambiente familiar instável: conflitos constantes, falta de atenção ou ausência de apoio emocional. 

 

Crianças mais tímidas ou introvertidas tendem a ser mais sensíveis a críticas e podem desenvolver maior autoconsciência negativa. Já as mais extrovertidas, em geral, apresentam maior facilidade para lidar com situações sociais, o que pode favorecer uma autoestima mais elevada. 

  

Sinais de Alerta: Como Identificar a Baixa Autoestima em Seu Filho? 

 

Reconhecer os sinais de baixa autoestima é essencial para agir cedo e evitar que o problema se agrave. Alguns comportamentos que podem indicar que seu filho está com a autoestima fragilizada incluem: 

 

  • • Evitar novos desafios por medo de errar. 

  • • Falar de si mesmo de forma negativa (“Eu sou burro”, “Eu nunca acerto”). 

  • • Isolamento social ou dificuldade para fazer amigos. 

  • • Sensibilidade exagerada a críticas. 

  • • Desânimo frequente ou falta de motivação. 

  • • Comparar-se constantemente de forma desfavorável aos outros. 

 

Esses sinais podem aparecer de forma sutil, por isso é importante observar o comportamento da criança no dia a dia e manter um diálogo aberto. 

Dicas Práticas para Ajudar Seu Filho a Fortalecer a Autoestima 

 

A boa notícia é que a autoestima pode ser fortalecida com atitudes consistentes e apoio emocional. Aqui estão algumas estratégias práticas: 

  

1. Reconheça e valorize seu filho diariamente 

 

Cada criança é única, com talentos e características próprias. Reconhecer suas qualidades e conquistas — mesmo as pequenas — ajuda a construir uma imagem positiva de si mesma. Elogie o esforço, não apenas o resultado. 

  

2. Valide os sentimentos e experiências 

 

O que pode parecer pequeno para um adulto pode ser muito significativo para uma criança. Validar o que ela sente é mostrar que suas emoções são legítimas. Isso cria um ambiente seguro para que ela se expresse sem medo de julgamentos. 

  

3. Estimule a autonomia e a resolução de problemas 

 

Sentir-se capaz é um dos maiores impulsionadores da autoestima. Incentive seu filho a tentar resolver desafios por conta própria, oferecendo apoio quando necessário. Por exemplo: 

 

  • • Deixe que ele organize sua mochila escolar. 

  • • Incentive-o a tentar resolver um exercício antes de pedir ajuda. 

  • • Dê pequenas responsabilidades compatíveis com a idade. 

  

4. Ensine estratégias de enfrentamento 

 

A professora Rothbaum, da Universidade Emory, sugere três formas de lidar com situações que afetam a autoestima: 

 

  1. 1. Enfrentamento direto: ajudar a criança a agir para mudar uma situação que a incomoda (ex.: estudar mais para melhorar as notas). 

  1. 2. Controle indireto: ensinar a buscar alternativas ou apoio de outras pessoas quando necessário. 

  1. 3. Aceitação e abandono do controle: compreender que nem tudo pode ser mudado e que é preciso lidar com frustrações de forma saudável. 

  

5. Incentive o pensamento positivo 

 

Crianças com baixa autoestima tendem a focar nos aspectos negativos. Ajude-as a identificar pontos positivos sobre si mesmas e sobre as situações que vivenciam. Isso pode ser feito com exercícios simples, como listar três coisas boas que aconteceram no dia. 

  

6. Cuide do ambiente e das relações 

 

A autoestima da criança é influenciada pelo ambiente em que vive. Mantenha relações familiares saudáveis, evite críticas destrutivas e afaste-a de ambientes tóxicos. Mostre, pelo exemplo, como lidar com desafios de forma construtiva. 

  

O Papel dos Pais e Cuidadores na Construção da Autoestima 

 

Pais e cuidadores são modelos fundamentais para a criança. Cuidar da própria autoestima é um passo importante para transmitir segurança e confiança. Demonstre amor, respeito e interesse genuíno pela vida do seu filho. 

 

Estimule-o a gostar de sua aparência, valorizar suas conquistas e compreender que diferenças entre as pessoas são naturais e enriquecedoras. Ensine-o a fazer seu próprio julgamento, sem depender excessivamente da aprovação externa. 

  

Conclusão e Chamada para Ação 

 

Fortalecer a autoestima do seu filho é um processo contínuo que exige paciência, amor e compreensão. Pequenas atitudes diárias podem gerar grandes mudanças no modo como ele se vê e enfrenta o mundo. 

 

Lembre-se: 

 

  • • Reconheça e valorize. 

  • • Valide sentimentos. 

  • • Estimule a autonomia. 

  • • Ensine estratégias de enfrentamento. 

  • • Incentive o pensamento positivo. 

 

Coloque em prática estas dicas e, se sentir necessidade, procure apoio profissional. A Pediasure® está aqui para apoiar você nesta fase, oferecendo conteúdos e orientações para que seu filho cresça confiante, saudável e feliz. 

 

Bibliografía: 

 

Rothbaum F., Weisz JR., SNYDER S.S. (1982). Camping the world and changing the self: a two process model of perceived control. J Personality Social Psychology, Vol.42: p5-37. 

Rutter, M. (1996). Stress research: accomplishments and tasks ahead. En: Haggerty RJ, Sherrod LR, Garmezy N, Rutter M. (eds.). Stress, Risk and Resilience in Children and Adolescents. Cambridge. Cambridge University Press.

Verduzco Alvarez-Icaza, M. A,: Gómez-Maqueo, A. L.; Durán Patiño, C. (2004). La influencia de la autoestima en la percepción del estrés y el afrontamiento en niños de edad escolar. Salud mental, Vol 27. No 4. p 18-25

 

No Icon